Hoje durante as seis estações de metrô que percorri, um grupo de seis mulheres ciganas e suas crianças, com particularidades no mínimo exóticas, interromperam-me a usual leitura.
Fiquei hipnotizado pela simplicidade dos infantes que, transformaram o vagão veloz, num parque de diversões, dependurando-se em todas as barras de ferro, com acrobacias e saltos, pularam de um banco ao outro sem parar.
Pura diversão, enquanto suas mães matracavam um dialeto, ainda que fosse a nossa língua portuguesa, não se entendia nada. Totalmente despojados de qualquer pudor ou preocupação em relação aos outros usuários.
Ao desembarcar, duas delas cuspiram no chão, de uma forma estranha, como se estivessem mirando um alvo e dando um tiro barulhento e nojento por meio dos dentes dourados típicos dos ciganos.
.de volta aos compromissos.
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